A polêmica Emilia Perez

Texto: Ariel Dandara / Foto: Divulgação

Após desbancar a produção brasileira “Ainda estou aqui” na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, “Emilia Perez” vem acumulando críticas (cabíveis) desde então. O longa-metragem conta a história de uma advogada, que embarca na missão de ajudar uma líder de cartel mexicano, que desejar abandonar seus negócios ilícitos e finalmente poder realizar sua cirurgia de resignação sexual. A história caracteriza-se como algo um tanto original, mas o grande problema reside nas atuações e estereótipos descabidos. 

A produção contou com apenas uma atriz mexicana no elenco, Adriana Paz, que interpretou um papel secundário e sequer foi cotada para alguma categoria na premiação. Os espectadores também relataram desgosto no contexto idiomático, além da esteriotipação escancarada da personagem transgênero interpretada por Karla Sofía Gascón, que por sinal é uma mulher trans.  

Infelizmente, a história se repete quando o assunto é representar personagens estrangeiros, sem estrangeiros. O que lembra bastante o “embranquecimento” da antiga Hollywood, ao realizar filmes que se passavam, fosse no Egito ou na Mongólia, com um elenco completamente formado por atores norte-americanos caucasianos, quase “fantasiados”. 

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