Fundo setorial do audiovisual aprova plano anual
Texto: Thaís Melo
O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) foi criado por uma lei de 2006 e faz parte da programação do Fundo Nacional de Cultura (FNC). Os recursos do FSA são investidos em projetos e programas que tem como objetivo desenvolver atividades audiovisuais e cinematográficas. Os recursos desse fundo vêm direto das contribuições recolhidas de dois órgãos, a Condicine que é a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional e também do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).
A cada ano um valor é liberado para o fundo setorial e o plano anual aprovado em 2023 foi no valor de R$ 1,225 bilhão de reais. Tal valor é liberado para os programas e projetos visando aumentar o número de produções audiovisuais no Brasil, já que muitas obras não saem do papel por falta de verba. Esse apoio financeiro do governo acaba sendo fundamental para muitos cineastas e produtores colocarem em prática suas produções.
O anúncio do valor que seria investido foi feito no dia do cinema brasileiro em 19 de junho e veio por meio do Comitê Gestor do Fundo Audiovisual Setorial (CGFAS) que tem como presidente a ministra da cultura Margareth Menezes. Como em março a ministra já havia anunciado que a Ancine (Agência Nacional de Cinema) teria R$ 1 bilhão para ser investido no audiovisual, isso significa que o governo liberou um pouco mais de R$ 2 bilhões de reais para serem usados nas produções e projetos audiovisuais em 2023.
Com esse valor tem como viabilizar e produzir muitos projetos e aumentar a produção cinematográfica brasileira. Esses valores serão distribuídos em seis editais de cinema e três chamadas de TV. Além de duas chamadas públicas de cinema que ainda estão em aberto. O valor aprovado pelo FSA tem como ações de fomento: apoiar projetos audiovisuais específicos, equalizar encargos financeiros incidentes nas operações de financiamento, investir em empresas e projetos e financiar o setor audiovisual.
Esse tipo de repasse é fundamental para incentivar os profissionais do mercado audiovisual que em sua maioria precisam de apoio financeiro para pôr em prática suas ideias. E com mais investimento e por consequência mais obras audiovisuais brasileiras sendo feitas, o país acaba se tornando mais relevante no cenário cinematográfico mundial.
Já que talento e boas ideias para realizar filmes memoráveis é o que não falta no Brasil. Mas durante alguns anos no governo passado faltou investimento e incentivo a cultura e ao audiovisual. Por isso, é tão bom voltar a comemorar investimentos na área cultural por parte do governo.