Texto: Letícia Holanda / Revisão: Jéssica Lucy / Foto: Reprodução Instagram
O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, fez história ao vencer o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025, a maior premiação do cinema mundial. A obra retrata a história de Rubens Paiva, deputado desaparecido durante a ditadura militar, e a luta de sua família, especialmente de Eunice Paiva, sua esposa, diante da repressão do regime autoritário.
Ao subir ao palco para receber a estatueta, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, emocionando a plateia com suas palavras: “Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime autoritário, decidiu não se dobrar e resistir.”
Ele também estendeu a homenagem às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que interpretaram Eunice no longa. Em entrevista após a cerimônia, o diretor revelou que havia planejado encerrar seu discurso dizendo em português: “Viva a democracia! Ditadura nunca mais”, mas acabou improvisando após perder suas anotações.
A cerimônia aconteceu no dia 2 de março, durante o feriado de Carnaval, tornando a conquista ainda mais simbólica para o público brasileiro. Além de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” também concorreu ao Oscar de Melhor Filme e Fernanda Torres disputou o prêmio de Melhor Atriz, embora não tenha levado a estatueta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, celebrou a vitória e declarou que o dia do Oscar foi um momento de “sentir ainda mais orgulho de ser brasileiro”. O filme gerou uma onda de comoção e reconhecimento nacional, reafirmando o poder do cinema como ferramenta de memória e resistência. Com um elenco estrelado, que inclui Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, além da colaboração próxima de Marcelo Rubens Paiva e sua família, a produção reafirma a importância de contar histórias que denunciam o autoritarismo e celebram a democracia.
Parabéns a toda a equipe! Viva o cinema brasileiro! Viva “Ainda Estou Aqui”!
